domingo, 20 de fevereiro de 2011



"Numa terra de fugitivos aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo."


T. S. Eliot

Um comentário:

Fabiana Lima disse...

Portanto, minha amiga,

Os enigmas sobre como pensar, como viver, como atuar, como sentir não podem nunca chegar a resolver-se definitivamente, sempre se estão reconstruindo, desde um pensamento que não é substancial, senão que é relacional, relacional com o outro e com os outros, em que o saber sobre a experiência é relação, relato. Por isso não há uma experiência-relato que seja de todo minha, porque todo relato remete a outro relato, a outras experiências. Admitir o não conhecimento é deixar-se estranhar. Quem não se estranha (primeiro momento do pensamento filosófico), quem não se deixa envolver-se pela pergunta, cativar pelo mistério, não aprende. Quem não se volta estrangeiro de si mesmo não sabe de si: não se visita, não se explora, não se aventura: não viaja. E avançar desde esta quebra e reconhecer o estranhamento de si mesmo […] supõe atrever-se a pensar crítica e crisicamente a educação como compromisso humano (FERRER CERVERÓ, V. La crítica como narrativa de las crisis de formación, 1995, p. 177).