sábado, 27 de setembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008













Preciso de você...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008




Às vezes a música me visita
Canta-me lembranças
Do tempo que éramos nós

Quando tudo se silencia
Penduro cores
Distraio o cinza
Finjo não te querer

domingo, 21 de setembro de 2008










(Foto Sílvia Paiva)

Viajando...









(Foto Sílvia Paiva)

Naiane - 1º lugar de Poesia Muncipal























(Foto Sílvia Paiva)



Preparando uma nova receita


















(Foto Joao Mota da Costa)

Eu prefiro os laços firmes
É mais difíceis de se fazer
E de se desfazer
Mas depois de feitos e desfeitos
podem se orgulhar de si próprios
E falar com convicção
Eu fui , um grande laço

...

É bobagem chorar
Por laços que parecem desfeitos
Mas que continuam firmes
Alguns laços são teimosos
às vezes a gente pensa
puff la se foi ele
Mas ele sempre vai estar ali
Que nem alguns amores




(Laços - Roteiro Adriana Falcão - Premiado no concurso You Tube)

sábado, 20 de setembro de 2008




Sinto um buraco em mim
Quero preencher a lacuna
É tudo tão urgente



Escrevo porque travo em mim uma guerra pessoal.












(Foto Silvia Paiva)



Saudade engole
Tristeza que dói
Vazia de sentido
No silêncio
Sem portas ou janelas,
Sem rastros...
os seus.


Saudade na pele,
Ainda em cheiro e gosto...
Sorrisos em lágrimas
o não saber do cotidiano,
saudade da certeza


Saudade
é olhar hoje-passado
e não saber
se já passou...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008









O livro de cabeceira


Filme: Nagiko cresce em uma tradicional família japonesa, sua mãe morreu, e seu pai (Ken Ogata), escritor, a cria com a ajuda da tia (Hideko Yoshida). A cada ano, em seu aniversário, seu pai escreve de forma ritualística uma saudação em seu rosto e nuca. Com o tempo, Nagiko passa a aguardar ansiosamente tais momentos. Sua tia a presenteia com um livro de uma escritora japonesa do final do século dez, chamada Sei Shonagon, o Livro de Cabeceira.
Tenho certeza que há duas coisas na vida
Que são dignas de confiança
Os prazeres da carne
E os prazeres da literatura
Eu tive a grande sorte
De desfrutar dessas duas coisas
Da mesma forma













Águas tranqüilas
E aguas agitadas

Amor numa tarde
Imitando uma historia

Amor antes
E amor depois

Carne

E a escrivaninha

Escrevendo sobre o amor











O aroma de papel branco
É como aroma da pele
De um novo amante
Que acabou de fazer
Uma visita surpresa
Vindo de um jardim
Em dia chuvoso
E a tinta preta
É como um cabelo
Cheio de laquê

E o pincel?
Bem, o pincel é como
Aquele instrumento de prazer
Cujo o objetivo nunca
É colocado em dúvida
Mas cuja eficiência surpreendente
Alguém sempre,
Sempre esquece.













Enrole-se nele
Esconda-se ela nele
Um homem se modifica
Mistura perfeita
Ele troca as asas nela
Um homem sombrio
Se modifica nela
Um anjo bomba
Um anjo loiro
Um homem se modifica
Estranho
Mistura perfeita
Sexo de um anjo





segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Documentário Nascidos em Bordéis

“Quando eu estou com uma câmera nas minhas mãos eu me sinto feliz. Eu sinto que estou aprendendo algo… Que eu posso ser alguém”.

- Suchitra, uma das crianças que aparecem no cinema-documentário.


























A fotógrafa americana trabalhava captando imagens das prostitutas na Zona da Luz Vermelha em Calcutá, na India, resolve montar uma oficina de fotografias com as crianças daquele local.
"Elas eram curiosas, nao entendiam porque uma mulher tinha vindo e o que fazia lá. Elas me cercavam, eu brincava com elas. Eu as fotograva e elas me fotografavam. Queriam aprender a usar a camera. Foi quando pensei que seria maravilhoso ensina-las ver o mundo atraves de seus olhos."










Quanto mais simplicidade

Melhor o nascer do dia

(Pato Fu)

Nasrudin e os bois













- Dois bois andavam numa rua muito estreita. Um ia na frente, o outro atrás. O de trás resolveu passar adiante do primeiro, mas não conseguiu, porque o outro não deixava. Então começou a dar chifradas no traseiro do boi da frente, para que o outro se afastasse e ele pudesse ultrapassá-lo. Nasrudin continuou: - Pois bem. Agora me respondam o seguinte: qual dos dois bois poderia dizer naquele momento que tinha chifres e rabo na mesma parte do corpo? Kláun Noguera parou de ler a história e fechou o livro com a cara cheia de mistério: - Algum de vocês sabe a resposta para a pergunta do Nasrudin?





















"Como foi que você aprendeu tanto, Mullá ?", perguntaram certa vez a Nasrudin.
"Falando muito", respondeu ele.
"Vou colocando em sequência todas as palavras que me ocorram. Quando eu fico interessante, posso ver o respeito no rosto das outras pessoas. Na hora em que isso acontece, começo a tomar nota mentalmente do que disse".

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CAÇA-PALAVRAS



SAUDADEBEATRIZITINERARIOMUSEUPAIXAO
DESVAOAVESSOSAUDADESONHOSAUSENCIA
VARALSAUDADELEMBRANÇASGULAFUMAÇA
SAUDADECLARICEMUSICAVOZPOEMABEIJOS
LAGRIMASCINZAFOMESAUDADEANSIEDADE
LOUCURASAUDADEVONTADESILENCIOALMA
SAUDADEFALTASORRISOCORPOSENTIDONUS
ALMAINTEIROENTREGAPROMESSASAUDADE

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Camaleão

Dei pra ser camaleão
Em cenários poéticos
mudo minha pele

De cor em cor
escondo paixão
Camuflo alma desbotada
no cotidiano sem cor


Prazer

Resolvi estuprar a vida
Abusá-la
antes do tédio
Gozar meu próprio eu
Sem mentira
sem vergonha
Sem paixão
sem alma
Sentir no prazer o ser
Sem o desespero da ausência
Estuprar com a língua fálica
Todos os pedidos de silêncio

segunda-feira, 8 de setembro de 2008




"Sua fome foi maior que a minha.
Mastigou e engoliu meus sonhos."














-doutor urubu,
a coisa tá preta!
a falta de chuva
matou a colheita
-queixou-se a raposa.
-a fome é geral.
até já me sinto mal!
e o urubu, muito prosa,
mal disfarçando a cobiça:
-tudo no mundo depende
do nosso ponto de vista...
não acha, minha amiga ardilosa?
para quem come carniça,
a coisa agora está branca,
ou melhor, está cor-de-rosa!


(Dr. Urubu e outras fábulas - Ferreira Gullar)

domingo, 7 de setembro de 2008




Carregou-me para seus sonhos
Desnudou minha alma
Seu corpo quente
ardeu o meu
Apimentou desejos
Fogo, guerra
Calmaria

E devolveu
Antes do meu despertar.

sábado, 6 de setembro de 2008









Tuta
acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida anda passando a mão em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que há vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás

um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos

acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando
(Viviane Mosé)


A saudade sorri
Corre aos meus braços
e me abraça forte.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Regressando a mim
Só encontro pó
e suas pegadas...


quinta-feira, 4 de setembro de 2008





Produzi tantos sonhos
que eles não cabem mais em mim...


quarta-feira, 3 de setembro de 2008



Ah!! Saudade...
Está nascendo um deserto em mim.



tarde fria
quarto de hotel
janela aberta
cigarro aceso
um adeus






Gatilho



Já pensei em acertar
o meu lado canhoto
Com meu dedos
Apertar o gatilho
Recortar as palavras
e desdizer suas mentiras
Mas nem sei ser racional

Os sabores ácidos
lembranças apenas de fogos
brilhando artificiais
no céu da boca.


Mas, deixaria de viver
à sua espera

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Caralho! Tem um homem morto dentro do armário.
Não, mas isso foi ontem."

(Janela Aberta - Curta Metragem de Philippe Barcinski)







Sou como Peter Pan, recuso-me envelher.




assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente...

(Para uma avenca perdida - Caio Fernando Abreu)


Lembrança: Por que a muda nao vingou???